segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Abertas inscrições para bolsas de mestrado no Reino Unido

O Chevening, programa mundial de bolsas de estudo do Governo Britânico, está com inscrições abertas para 23 bolsas de pós-graduação (mestrado) em qualquer área do conhecimento. Para apresentar o programa e divulgar a iniciativa, os representantes da Embaixada Britânica em Brasília, Rafael Duarte e Chigozirije NneNne Iwuji-Eme, estiveram, nesta quinta-feira (31/10), com Aderbal de Castro, subsecretário da Educação do Estado da Bahia.

O subsecretário falou sobre a relevância da iniciativa. “O programa se apresenta como uma grande oportunidade para os estudantes das universidades estaduais que estão concluindo a graduação. Pode ser, também, mais uma alternativa de formação acadêmica e aperfeiçoamento profissional beneficiando profissionais da rede estadual de educação”, disse Aderbal de Castro.

As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 15 de novembro por meio de formulário disponibilizado no portal do Chevening: www.chevening.org/brazil. As bolsas cobrem todos os custos do curso, a exemplo das mensalidades, passagens aéreas e alimentação. No ato da inscrição, o candidato pode escolher qualquer universidade britânica, mas a orientação da Embaixada é a de que o inscrito opte pelas 100 melhores, cujo ranking pode ser consultado no portal do programa.

Podem se inscrever candidatos com graduação completa que tenham proficiência em inglês e dois anos de experiências com relação a sua área de estudo proposta. O teste de proficiência em inglês precisa ser feito até o dia 23 de junho de 2014 e o resultado da seleção será divulgado no dia seguinte, 24 de junho de 2014.

Seleção – Durante a seleção, que será feita pessoalmente pelas embaixadas e alto comissariado do Reino Unido no Brasil, será levado em conta o perfil do candidato para verificar o seu potencial de liderança. Rafael Duarte, do Programa Chevening no Brasil, explicou que a perspectiva da concessão das bolsas é justamente a de formar novos líderes. “A Chevening completa 30 anos de Brasil agora em 2013, e, ao longo destes anos, a parceria em educação aumentou exponencialmente. As bolsas são oportunidades para a formação de líderes que, ao serem preparados pela Chevening, podem ser indicados para trabalhar com parceiros da Chevening pelo mundo. Estas chances de emprego são reais, inclusive, aqui no Brasil”, destacou.

Chigozirije NneNne Iwuji-Eme, primeira secretária para Assuntos Políticos, Educação e Cultura, da Embaixada Britânica, lembrou que o programa já está presente em 118 países, e o Brasil é quarto maior em recebimento de bolsas, atrás da Coreia do Sul, Índia e China. “O Brasil é um país muito importante no mundo. Pelo Chevening, podemos entender mais sobre o país. O retorno que nossas universidades dão sobre os brasileiros é muito positivo. São alunos que trabalham duro, são bem focados e contribuem muito para a cultura das nossas universidades e ganhamos muito pela experiência dos alunos brasileiros. É uma via de mão dupla”, acrescentou.

Supervisora do Topa pela DIREC 16 participa do 5º Encontro Estadual Escuta Aberta, em Salvador

Supervisora do Topa pela DIREC 16, Maria Betânia Teófilo esteve presente com demais coordenadores do programa

A importância da participação social foi um dos pontos discutidos no 5º Encontro Estadual Escuta Aberta, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia para avaliar a sexta etapa do Programa Todos pela Alfabetização (Topa), nesta quarta-feira (30/10), em Salvador. Mais de 500 representantes dos movimentos sociais e sindicais participantes do programa se reuniram no evento, que contou com a presença do secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto.

“O Topa deixou de ser um programa de governo para se tornar um programa abraçado pela sociedade baiana. A prova de sua vitalidade está aqui, na representatividade desse auditório. Quando propomos essa Escuta Aberta, é porque acreditamos no diálogo com aqueles que estão na ponta, no meio rural, trabalhando para garantir a alfabetização às pessoas que não tiveram a oportunidade de se alfabetizarem na idade certa porque educação é um direito que não prescreve”, afirmou o secretário Osvaldo Barreto, lembrando que o Topa já alfabetizou mais de 1,1 milhão de pessoas.

Também estiveram presentes no evento a coordenadora geral do Topa, Elenir Alves, o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, entre outros educadores. Gadotti destacou os saberes que o Topa proporciona. “O Instituto Paulo Freire está responsável pela aplicação dos testes cognitivos de proficiência em língua portuguesa e matemática entre os estudantes do Topa. Mas posso dizer que essa ação ainda é pequena perto da enormidade desse programa, que dá um empoderamento à comunidade e que se fortalece por meio do movimento social”, considerou.
Para Moacir Gadotti, a realização anual do Escuta Aberta é um exemplo “da cumplicidade existente entre o Governo do Estado e a população. E é justamente esse pacto entre as duas partes e a mobilização social permanente que fazem com que as transformações aconteçam na educação”, disse.

Filho de trabalhadores rurais, tendo vivido na roça até os 15 anos de idade, o professor Moacir Gadotti, 52 anos de magistério, se considera um vitorioso tanto quanto é o programa Topa por dar acesso à alfabetização para quem não a teve na idade certa. “O diferencial do Topa é que, além de ser um programa cuidadoso com o trabalho que se propõe a fazer, tem ajudado a fortalecer o movimento social”. Ele conta que, desde o começo, confiou no papel social do Topa, pela proposta freireana (adepta ao método do educador Paulo Freire), visando diminuir os índices de analfabetismo na Bahia e no País a partir da mobilização social. “Os alfabetizandos do Topa não tiveram acesso à educação quando eram crianças e, se não fosse o programa, esse direito estaria sendo negado por duas vezes”.
Participantes – O repentista e vendedor de picolé Pedro Batista da Cruz, 49 anos, aluno da sexta etapa do Topa, no município de Rio Real, foi o responsável pela abertura cultural do 5º Encontro Estadual Escuta Aberta. Ele, que se alfabetizou há dois anos pelo programa, hoje compõe as músicas que canta e toca graças à oportunidade do letramento. “O Topa trouxe muita coisa boa. Ele mudou a minha vida. Graças ao programa, aprendi a ler e a escrever e, principalmente, compor as minhas canções sertanejas”. A professora dele, Clarice Pires da Costa, não poupou elogios: “ele é um ótimo aluno, muito esforçado, não falta aula e já está completamente alfabetizado”.

Na plateia, antes de começar o evento, o diretor de Política Social do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Gonçalo do Campo, Pedro Ferreira, dizia estar se sentindo honrado de fazer parte “desse momento de avaliação e reflexões”. “É muito interessante esse encontro porque a gente aproveita para falar das nossas dificuldades e conquistas frente à tarefa de promover o Topa na nossa região. É sempre muito proveitoso esse evento”, disse.

A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Agricultura familiar do município Presidente Tancredo Neves, Clarisse de Jesus Souza, também falou da sua expectativa em relação à quinta edição do Escuta Aberta: “É quando discutimos, todo mundo junto, as nossas experiências e o que devemos fazer para avançar ainda mais o programa na nossa região”, disse.

Topa – Maior programa de alfabetização de jovens, adultos e idosos em andamento no País, considerado referência nacional, o Topa visa garantir a essas pessoas oportunidades necessárias à apropriação da leitura e da escrita. Criado em 2007, dentro do programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, o Topa trabalha sob a perspectiva de que a alfabetização é um direito que não prescreve com a idade, o Topa já alfabetizou mais de 1,1 milhão de pessoas em 407 municípios baianos.