Discutir a importância da cultura negra no Brasil, bem como combater o racismo e o preconceito racial no âmbito escolar são alguns dos papéis desempenhados pelo projeto educativo cultural 'Afro Som – O Barulho que pensa!’. Vencedor na categoria ‘Ensino Médio’ na 7ª edição do Prêmio Professores do Brasil, a iniciativa continua transformando a realidade social de alunos do Colégio Estadual Edna Moreira Pinto Daltro, em Capim Grosso (BA).
Criada em 2012, a iniciativa surgiu a partir do diagnóstico da realidade social dos alunos. “Percebíamos estudantes com problemas de relacionamento, indisciplina, preconceito, evasão escolar e baixo índice de desempenho acadêmico”, afirma o professor de Educação Física e autor do projeto, José Kleber Andrade.
Para transformar a realidade, a ideia inicial era levar ao ambiente escolar debates sobre a história africana, além de resgatar alguns tipos de dança e músicas afro-brasileiras durante as aulas de educação física e artes, por meio de atividades corporais e intelectuais.
Atividades práticas
A base do projeto é incluir aulas específicas sobre a história e cultura afro-brasileira, sobretudo música e dança - através da análise de textos e filme. “Pensando nisso, criamos grupos de estudos que discutissem a origem da cultura africana e sua relação com a realidade local", conta José Kleber.
Na segunda etapa de execução, o projeto alcançou novos horizontes e os alunos foram convidados a participar de uma banda de percussão. “A escola comprou alguns instrumentos e assim, começamos as atividades nas oficinas de percussão, dança e canto."
Depois de muito trabalho, foi montado o grupo ‘Afro Som’, que hoje é composto por cantores, percussionistas, dançarinas do balé afro, além dos alunos que cuidam da produção. Mesmo após a criação do grupo, as oficinas continuaram, já que a intenção era justamente “desenvolver e aprimorar as habilidades dos alunos, a partir de aulas de canto e coreografia”.
Hoje, os alunos envolvidos no projeto mantêm o blog do Afro Som e a página oficial do grupo na rede social Facebook. “Isso também demonstra a inclusão digital oferecida pela iniciativa”, ressalta o coordenador do grupo.
Resultados
A partir de avaliações conjuntas, José Kleber pode perceber que a mudança de comportamento dos alunos possibilitou a inclusão social. “Posso destacar que a inserção da música e dança favoreceu atos de respeito mútuo e resgate da autoestima. Além disso, houve um aumento significativo na frequência escolar, comprovando o sucesso do projeto.".
O projeto cresceu e “ultrapassou os muros da escola”. Os integrantes da banda terão a oportunidade de participar de um evento cultural, em Paris, na França. “[O convite] surgiu porque temos colegas estrangeiros que viram no Afro Som um potencial enorme de transformação social através da arte e cultura corporal”, afirma o professor, completando que a participação ainda não tem data definida.
Neste ano, o projeto continua de forma totalmente voluntária. O professor, embora não lecione mais no colégio, ainda realiza, além dos ensaios com o grupo, estudos sobre a temática. “Nesta etapa, os alunos são capacitados para realizar monitorias. O principal objetivo é levar mensagens contra drogas, preconceito racial e bullying aos outros colegas”, finaliza.
Sobre a premiação
Desde 2005, o Prêmio Professores do Brasil divulga e premia diversos projetos inovadores realizados nas escolas públicas de todo o País. Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), o principal objetivo é dar visibilidade às experiências pedagógicas conduzidas por professores, desde a educação infantil até o ensino médio.
Nesta 8ª edição, serão selecionados até 40 trabalhos, oito por cada região do País. Os autores dos trabalhos premiados receberão R$ 6 mil, troféus e certificados. As inscrições estão abertas e podem ser efetuadas on-line até dia 15 de setembro.
Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias terão um adicional de R$ 5 mil. Além disso, as escolas em que foram desenvolvidas as experiências vencedoras ganharão placa comemorativa.
Podem concorrer ao prêmio professores atuantes nos sistemas públicos de ensino e em instituições comunitárias, filantrópicas e confessionais que mantenham convênio com as redes públicas de educação básica. (fonte: www.brasil.gov.br)
Criada em 2012, a iniciativa surgiu a partir do diagnóstico da realidade social dos alunos. “Percebíamos estudantes com problemas de relacionamento, indisciplina, preconceito, evasão escolar e baixo índice de desempenho acadêmico”, afirma o professor de Educação Física e autor do projeto, José Kleber Andrade.
Para transformar a realidade, a ideia inicial era levar ao ambiente escolar debates sobre a história africana, além de resgatar alguns tipos de dança e músicas afro-brasileiras durante as aulas de educação física e artes, por meio de atividades corporais e intelectuais.
Atividades práticas
A base do projeto é incluir aulas específicas sobre a história e cultura afro-brasileira, sobretudo música e dança - através da análise de textos e filme. “Pensando nisso, criamos grupos de estudos que discutissem a origem da cultura africana e sua relação com a realidade local", conta José Kleber.
Na segunda etapa de execução, o projeto alcançou novos horizontes e os alunos foram convidados a participar de uma banda de percussão. “A escola comprou alguns instrumentos e assim, começamos as atividades nas oficinas de percussão, dança e canto."
Depois de muito trabalho, foi montado o grupo ‘Afro Som’, que hoje é composto por cantores, percussionistas, dançarinas do balé afro, além dos alunos que cuidam da produção. Mesmo após a criação do grupo, as oficinas continuaram, já que a intenção era justamente “desenvolver e aprimorar as habilidades dos alunos, a partir de aulas de canto e coreografia”.
Hoje, os alunos envolvidos no projeto mantêm o blog do Afro Som e a página oficial do grupo na rede social Facebook. “Isso também demonstra a inclusão digital oferecida pela iniciativa”, ressalta o coordenador do grupo.
Resultados
A partir de avaliações conjuntas, José Kleber pode perceber que a mudança de comportamento dos alunos possibilitou a inclusão social. “Posso destacar que a inserção da música e dança favoreceu atos de respeito mútuo e resgate da autoestima. Além disso, houve um aumento significativo na frequência escolar, comprovando o sucesso do projeto.".
O projeto cresceu e “ultrapassou os muros da escola”. Os integrantes da banda terão a oportunidade de participar de um evento cultural, em Paris, na França. “[O convite] surgiu porque temos colegas estrangeiros que viram no Afro Som um potencial enorme de transformação social através da arte e cultura corporal”, afirma o professor, completando que a participação ainda não tem data definida.
Neste ano, o projeto continua de forma totalmente voluntária. O professor, embora não lecione mais no colégio, ainda realiza, além dos ensaios com o grupo, estudos sobre a temática. “Nesta etapa, os alunos são capacitados para realizar monitorias. O principal objetivo é levar mensagens contra drogas, preconceito racial e bullying aos outros colegas”, finaliza.
Sobre a premiação
Desde 2005, o Prêmio Professores do Brasil divulga e premia diversos projetos inovadores realizados nas escolas públicas de todo o País. Promovido pelo Ministério da Educação (MEC), o principal objetivo é dar visibilidade às experiências pedagógicas conduzidas por professores, desde a educação infantil até o ensino médio.
Nesta 8ª edição, serão selecionados até 40 trabalhos, oito por cada região do País. Os autores dos trabalhos premiados receberão R$ 6 mil, troféus e certificados. As inscrições estão abertas e podem ser efetuadas on-line até dia 15 de setembro.
Os primeiros colocados em cada uma das oito subcategorias terão um adicional de R$ 5 mil. Além disso, as escolas em que foram desenvolvidas as experiências vencedoras ganharão placa comemorativa.
Podem concorrer ao prêmio professores atuantes nos sistemas públicos de ensino e em instituições comunitárias, filantrópicas e confessionais que mantenham convênio com as redes públicas de educação básica. (fonte: www.brasil.gov.br)
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